2 de jun. de 2011

Crônicas realizadas

Os membros do blog, Ana Flávia Magalhães e Mariana Santana, realizaram crônicas sobre, respectivamente, a pobreza extrema no Brasil e a globalização. Fique agora com elas!




A Pobreza Extrema
Por Ana Flávia Magalhães

No Brasil de hoje, milhares de homens e mulheres – e até crianças e idosos – caminham cinco, dez quilômetros no chão esburacado para irem trabalhar, todos os dias. É, não é preciso ligar a televisão para ver tamanha pobreza nos olhos da câmera, que leva todos os dias á nossa casa imagens de crianças sofrendo, homens e mulheres até mesmo recorrendo ao crime para sustento próprio. Basta dar uma volta na cidade com um olhar mais atencioso, reparando na maneira que as pessoas caminham, suas expressões – é possível entender muito a partir disso.
Já o político, ele ganha motorista particular, campanhas patrocinadas pelo ingênuo povo e até jatinhos – e é entre essas e outras mordomias que ele senta-se na poltrona que o povo pagou, pega um papel e uma caneta que o povo pagou e, com uma simples assinatura desvia milhões que o povo lhe enviou através do pagamento de impostos, impostos esses que deveriam estar aí para reverter a situação precária de tantos e tantos brasileiros. Esses corruptos tiram o dinheiro, o sustento de pessoas que arduamente trabalharam para consegui-lo, e que deram ao governo como uma obrigação, e para fazer uma sociedade melhor. Em troca disso, vêem em jornais toda aquela farsa, aquela tapeação.
Há dezesseis milhões e duzentas mil de pessoas do nosso país (8,5% de toda a população brasileira) em condição de estrema pobreza – isto é, que ganham setenta reais por mês. Com setenta reais, não se paga nem metade dos impostos, não se compra nem a comida que toda uma família precisa ou veste-lhes o corpo magro. Mais da metade deste número é composta de nordestinos: 9,6 milhões. O nordeste é a região que abrange maior parte desta pobreza. Em seguida, o sudeste (2,72 milhões), o norte (2,65 milhões), o sul (715,9 mil) e o centro-oeste (557,4 mil).
Nas ruas, no frio asfalto, há sempre um sujeito desajeitado, mal-amanhado, pedindo por uns trocados. O olhar é triste. Mais um dos milhares de brasileiros desempregados, sem perspectiva nenhuma de vida, obrigado a se humilhar pedindo esmolas.




Globalização: o processo ou a decadência da atualidade?
Por Mariana Santana

Globalização. Esse assunto já se tornou tão comum e ao mesmo tempo tão importante que já virou conteúdo escolar. É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar sobre ela. Até porque, é graças a nossa querida companheira de todas as horas que temos acesso a maior parte dos avanços (dos mais variados setores) da atualidade. Com a mundialização da internet, por exemplo, qualquer pessoa pode contestar, denunciar e tornar público seu ponto de vista quando quiser. Basta tomar como exemplo as grandes catástrofes mundiais.  Quando ocorreu o terremoto no Japão, em poucas horas, os blogs já postavam detalhes sobre o acontecimento.
Sem falar que a globalização está diretamente relacionada com o crescimento do mercado externo. Atualmente, qualquer indivíduo, desde que possua capital para isso, pode adquirir um celular ou um notebook importado dos Estados Unidos pela internet.
No entanto, esse desenvolvimento todo não significa que o cenário mundial fragmentado e globalizado no qual vivemos nos dias de hoje só trouxe benefícios para a humanidade.  Com toda certeza, os problemas não foram poucos. Não mesmo.
As discrepâncias sociais entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos são evidentes. Os países do sul são caracterizados, principalmente, pela dependência econômica e tecnológica dos países do norte. Basicamente, os países ricos que produzem os produtos industrializados, tecnologicamente avançados e complexos (celulares, carros de luxo, TVs).  As nações pobres, por sua vez, fornecem matérias-primas e produtos essencialmente agrícolas ou manufaturados. Com exceção de alguns países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, que investiram na atividade industrial por meio de capitais estrangeiros.  
Além disso, as multinacionais das nações desenvolvidas instalam suas filiais em países do sul em razão das vantagens econômicas (mão de obra barata, matérias-primas em abundância) e fiscais (menor carga tributária e legislações ambientais menos rigorosas). O que pode ser benéfico para os países que acolhem essas empresas com relação à geração de empregos, mas por outro lado, provoca problemas como: degradação ambiental, aumento do consumismo devido à influência dos anúncios dos produtos e serviços nas pessoas (além da inversão de valores) e exploração da classe trabalhadora. Isto é, os salários dos funcionários não correspondem à carga horária e esforço no trabalho de forma que a parte que eles não recebem do salário fica concentrada nas mãos das empresas capitalistas.
Por fim, essa situação acaba contribuindo para problemas como pobreza extrema, fome, mortalidade infantil, desemprego etc. Já que se os trabalhadores ganham pouco, não têm dinheiro para sustentar as despesas da família, nem para pagar uma escola de qualidade para seus filhos. E ainda ficam desempregados por não terem qualificação para um trabalho digno. Resultado: a situação não vai ser muito diferente para os filhos que são criados nessas condições.
O pior é que a sociedade está se acostumando com essa realidade, o que era para ser desumano está se tornando corriqueiro e apenas o triste resultado de um desenvolvimento que não é capaz de favorecer todo mundo. Esse modo de pensar é errado. Devemos não só mudar nossa percepção, mas nossas atitudes antes que seja tarde demais.

Charges elaboradas pelos membros do blog!

Aqui vão algumas charges que dois de nossos membros criaram, usando o Paint.
Elas criticam sobre a relação entre os blocos norte e sul, e modo que cada um desses blocos é visto hoje em dia.


Por Andreza Piton e Mariana Santana



Por Ana Flávia Magalhães e Ana Isabella Giacomosi