5 de nov. de 2011

História em quadrinhos - Grupo 3

Breve reflexão sobre a agressão física e psicológica que as mulheres islâmicas sofrem frequentemente.

4 de nov. de 2011

Resumo - Tigres Asiáticos

Na década de 1970, quatro países da Ásia (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan) apresentaram um acelerado processo de industrialização. Em razão da agressividade administrativa e da localização dos países, eles ficaram conhecidos mundialmente como Tigres Asiáticos.

O modelo industrial desses países é caracterizado como IOE (Industrialização Orientada para a Exportação), ou seja, as indústrias transnacionais que se estabeleceram nesses países e as empresas locais implantaram um parque industrial destinado principalmente para o mercado exterior.

Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan utilizaram métodos diferentes para o desenvolvimento econômico, no entanto, essas nações apresentaram aspectos comuns, como forte apoio do governo, proporcionando infraestrutura necessária (transporte, comunicações e energia), financiamento das instalações industriais e altos investimentos em educação e qualificação profissional.
Além disso, esses países (exceto Coreia do Sul) adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias transnacionais. Foram criadas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE), com doações de terrenos e isenção de impostos pelo Estado.

Diferentemente dos outros Tigres Asiáticos, a Coreia do Sul demonstrou resistência a instalações de empresas transnacionais em seu território. O desenvolvimento industrial do país baseou-se nos chaebols, que se caracteriza por redes de empresas com fortes laços familiares. Quatro grandes chaebols controlam a economia coreana e têm forte atuação no mercado internacional: Hyunday, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star.



Somente na década de 1970 começaram a entrar transnacionais na Coreia do Sul, entretanto estas são associadas a empresas coreanas. 
Os novos Tigres Asiáticos
Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, o que proporcionou um processo de industrialização na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. Além dos investimentos dos quatro Tigres originais, os novos Tigres passaram a fazer parte das redes de negócios de empresas dos Estados Unidos, do Japão e de outros países desenvolvidos.

Nesses novos Tigres foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. Nesses países há mão de obra menos qualificada que a encontrada nos quatro Tigres originais, porém, muito mais barata. Milhares de pequenas empresas surgiram para produzirem mercadorias sob encomenda, criadas e planejadas em outros países do mundo.

História em Quadrinhos - Grupo 1


Estamos tentando mostrar, através desta tirinha, o quanto as mulheres islâmicas sofrem em seus países e as dificuldades que enfrentam durante seu dia-a-dia.


Grupo 1:

Um inferno para as mulheres - Grupo 3

VIDAS ROUBADAS: Afegãs rezam diante de um túmulo em cemitério de Cabul: sete em cada dez ainda usam burca e mais da metade se casa com homens escolhidos pela família antes dos 16 anos de idade


No caminho do aeroporto para o centro da cidade, as barreiras de soldados armados com anacrônicos fuzis Kalashnikov e os muros de concreto erguidos diante das embaixadas lembram a todo instante que a desgraça está à espreita. Só nos dois primeiros meses do ano, a capital do Afeganistão foi alvo de duas séries de atentados cometidos por homens-bomba, nas quais 21 pessoas morreram. O país foi apontado, no último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), como o lugar mais perigoso do mundo para gerar uma criança. Mas pior do que vir à luz é nascer mulher no Afeganistão.

Nove anos depois da queda do regime do Talibã, as afegãs continuam pagando a parte mais pesada da conta do fundamentalismo religioso. Nas ruas, a maioria ainda usa a burca, a roupa que cobre o corpo feminino dos pés à cabeça e que era uniforme compulsório no tempo da milícia talibã. Embora as escolas para mulheres não sejam mais proibidas, as estudantes representam uma porcentagem ínfima da população feminina e mais da metade das afegãs ainda se casa antes dos 16 anos de idade – salvo raríssimas exceções, com homens escolhidos por sua família. Sob o totalitarismo medieval do Talibã, as que saíam às ruas desacompanhadas do marido ou de um parente do sexo masculino eram castigadas a chibatadas. Hoje, a proibição não existe mais, mas as afegãs continuam ausentes da paisagem. Para elas, qualquer lugar onde haja aglomeração masculina é considerado impróprio, o que inclui mercados, feiras, cinemas e parques. A segregação sexista faz com que até nos saguões dos aeroportos e nas festas de casamento exista um "setor feminino" – só no primeiro caso não formalmente delimitado. Nas bodas em que as mulheres comparecem maquiadas e com belos vestidos, quase sempre há dois salões – um para eles e outro para elas. Poucas se arriscam a desafiar as proibições sociais. A aplicação de castigos físicos a mulheres de "mau comportamento" continua a ser vista como um dever e um direito da família. Uma pesquisa feita em 2008 com 4 700 afegãs mostrou que 87% já tinham sido vítimas de espancamentos ou abusos sexuais e psicológicos – em 82% dos casos, infligidos por parentes. O Afeganistão livrou-se do jugo do Talibã, mas não conseguiu varrer o obscurantismo religioso que ele ajudou a disseminar. A interpretação radical e misógina dos princípios do Islã é a principal causa da tragédia das mulheres afegãs.

A prática da autoimolação é um dos sinais mais cruéis de sua magnitude. Entre 2008 e 2009, ao menos oitenta afegãs tentaram o suicídio ateando fogo ao corpo. Na província de Herat, a oeste de Cabul, a incidência desse tipo de episódio é tão alta que o principal hospital da região montou uma unidade para atender exclusivamente a casos assim. Quando a reportagem de VEJA visitou o lugar, havia três mulheres internadas por queimaduras autoinfligidas. Todas tinham menos de 26 anos e eram analfabetas. No Afeganistão, apenas 15% das mulheres com mais de 15 anos sabem ler e escrever. Rahime, de 25 anos, deu entrada no hospital com 35% do corpo queimado. Ela disse que tentou se imolar porque "estava cansada de viver". Contou que se casou aos 10 anos de idade e, desde então, engravidou seis vezes (sofreu três abortos espontâneos). A mãe estava com ela no hospital. Indagada sobre as razões que a fizeram permitir que a filha se casasse tão cedo, explicou que, na verdade, não a deu em casamento, mas foi obrigada a vendê-la. O marido era lavrador em uma plantação de ópio e não conseguia sustentar a família, de oito filhos. "Ficávamos três ou quatro noites sem ter o que comer", afirmou ela. Rahime foi entregue a um comerciante da região em troca de 200 000 afeganes, o equivalente a 4 300 dólares, divididos em dez pagamentos. O comerciante, hoje seu marido, é "bem mais velho" do que ela, mas nem a jovem nem a mãe souberam precisar quanto.
Para atear fogo em si próprias, as mulheres costumam recorrer a óleo de cozinha ou ao querosene usado para acender lampiões. Apenas 6% das casas na zona rural do país têm eletricidade. O óleo provoca queimaduras mais graves do que o querosene, porque gruda na pele, o que faz com que o calor permaneça por mais tempo em contato com o corpo. Tanto o óleo quanto o querosene superam a água fervente, já que a fumaça que produzem pode causar, além de intoxicação, queimaduras internas. A maior parte das mulheres que tentam imolar-se não morre na hora, mas depois de alguns dias, vítima de falência de múltiplos órgãos resultante da perda de água. Rahime tinha o rosto e o corpo enfaixados. Ela verteu querosene sobre a cabeça, e não sobre o peito, como ocorre com mais frequência. Enquanto falava, uma policial se aproximou da sua cama para interrogá-la sobre os motivos da tentativa de suicídio. A investigadora Zulaikha Qambari trabalha há três anos no Departamento para Solução de Conflitos Familiares da Delegacia de Herat. Rahime disse a ela que decidiu atear fogo ao corpo porque a sogra passou a maltratá-la desde que o seu marido foi trabalhar no Irã. As duas mulheres deitadas ao lado da jovem também culparam alguém da família pelo ato extremo: uma diz que decidiu se matar depois de apanhar do padrasto do marido e outra afirmou que tomou a decisão por causa de uma briga com a cunhada em torno de um cosmético que havia ganho de presente. A policial Zulaikha afirmou estar habituada a ouvir justificativas como essas. "Algumas mulheres demoram para contar a história inteira, que muitas vezes inclui estupros e espancamentos sistemáticos. Outras nem são capazes de explicar por que fizeram aquilo. Apenas dizem que não querem mais viver." Quando a reportagem se preparava para deixar o hospital, deparou com a chegada de uma quarta vítima. Ruquia, de 15 anos, proveniente da província vizinha de Badghis. Ela apresentava 45% do corpo queimado. A mãe disse aos médicos que a filha havia se acidentado fazendo chá. "Mentira", sussurrou o enfermeiro. "Sinta o cheiro de querosene que exala do corpo dela." A menina estava casada havia um ano.

Vinheta: Haiti

Veja a vinheta produzida pelo Grupo 3 sobre os Grupos Guerrilheiros da América Latina no vídeo abaixo:

Historia em Quadrihos - Grupo 2

(clique na imagem para visualizar em seu tamanho original)


Grupo 2: Ana Flávia Magalhães, Ana Isabella Nascimento, João Maurílio, João Pedro, Lauriane Lima e Nathan Amorim

A divisão entre as Coréias - Grupo 3



A história da divisão das duas Coréias remonta ao fim da Segunda Guerra Mundial. Desde 1910, o território era ocupado pelos japoneses, que se renderam após a explosão das bombas atômicas. Com a derrota, a Coréia foi dividida entre soviéticos e americanos, exatamente no paralelo 38. A parte que ficava acima da linha imaginária ficou a cargo da União Soviética. Já os coreanos que viviam abaixo da linha passaram para as mãos dos norte-americanos. Em 1948, foram instaurados novos governos nos dois países. Porém, nenhum dos territórios estava feliz com a divisão e ambos queriam controle sobre o país. Em 1950, China e União Soviética ajudaram os norte-coreanos a invadir a Coréia do Sul. Tropas americanas enviaram socorro ao seu território de influência, dando início à Guerra da Coréia. O conflito durou até 1953, quando foi assinado um armistício.


De 1948 até 1980, a Coréia do Norte foi comandada pelo militar Kim Il-Sung, quando o general passou o controle do país a seu filho Kim Jong-Il, que continua no poder. Sob seu comando, a Coréia do Norte permanece como um país socialista dos mais fechados e repressivos do mundo. O governo controla a mídia e impede até que seus cidadãos saiam do país. Hoje, a economia da Coréia do Norte é desastrosa. Com o fim da União Soviética e a falta de parceiros comerciais, o país entrou em uma grave recessão. Enquanto isso, a Coréia do Sul passou por regimes militares ditatoriais por 20 anos e, atualmente, novamente uma república democrática, é um país em rápido desenvolvimento. Apesar de terem se tornado dois países tão diferentes, a separação das Coréias ainda é recente e, para a população civil, o sonho é de um país unificado. "Muitas famílias foram separadas com a divisão do país, mas há um interesse das pessoas em se reaproximar. Desde 2002, os dois governos fizeram acordos que permitiram a viagem de algumas pessoas entre os dois países para se reencontrar", conta Alexandre Uehara, professor de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco e membro do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP.


Porém, apesar da vontade popular, hoje os dois países estão mais próximos de um conflito do que de uma aproximação. Isso por que, no momento, a Coréia do Norte ameaça toda a comunidade internacional com testes de armas nucleares e mísseis balísticos. "Há potencial, sim, de que seja iniciado um conflito na região. O governo de Pyongyang é muito isolado e hoje não há nenhum interlocutor que possa negociar com o país. Muitos analistas descartam essa possibilidade por acreditarem que é insano para a Coréia do Norte entrar em um conflito que não pode sustentar. Porém, não se pode descartar essa possibilidade", afirma Alexandre Uehara. O cientista político ainda explica que o governo norte-coreano está usando seu arsenal bélico para ganhar poder na região e que pode tentar exigir mais regalias nas negociações com outros países. "O país é muito pobre, sua população passa fome. Por isso, a Coréia do Norte depende muito da ajuda internacional, principalmente da China e do Japão. E é possível que a nação tente usar seu poder nuclear para barganhar por mais privilégios e até pela possibilidade de negociar diretamente com os Estados Unidos", diz. Porém, se as conversações não trouxerem resultados e os norte-coreanos iniciarem uma guerra, o perigo é que ele não fique restrito apenas à Ásia. "Se houvesse o conflito, a China provavelmente se colocaria ao lado do norte, enquanto os Estados Unidos defenderiam o Sul. Seria a terceira maior economia do mundo enfrentando a primeira, o que traria conseqüências para todo o mundo. Além disso, poderiam se envolver também Rússia, Índia e Paquistão, colocando o Oriente Médio dentro do conflito", diz Alexandre Uehara.


Apesar de tudo isso, será possível imaginar que um dia as Coréias possam se reunificar? No momento, não há nenhum indício de que isso venha a acontecer, mas se a divisão chegasse ao fim, traria vantagem para os dois países. Na conjuntura atual, quem ganharia mais seria a população norte-coreana. "Para se ter uma idéia da diferença econômica entre os dois países, a renda per capita do sul é de 16 mil dólares ano. No norte, está em apenas 600 dólares ", explica Alexandre Uehara. Ou seja, para uma nação em dificuldades, unir-se a uma economia emergente poderia ser a salvação. Por outro lado, para os sul-coreanos a unificação significaria paz e maior representatividade na região. "Atualmente, a Coréia do Sul e os países da região vivem sob o perigo constante de um ataque norte-coreano. Se Seul conseguisse eliminar essa ameaça, conquistaria um status mais interessante frente à comunidade internacional", afirma o professor.


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/qual-origem-divisao-coreia-norte-sul-473667.shtml?page=all


Grupo 3: 

China deve abolir limite de um filho por casal - Grupo 5



Afirmação foi feita por vice-ministro da Comissão Nacional de Planejamento Familiar.
Possível mudança, porém, terá que ser gradativa.

A China estuda uma maneira de abolir o limite de um filho por casal, mas qualquer mudança teria que ocorrer gradativamente e não significaria uma eliminação das políticas de planejamento familiar, segundo declarou uma autoridade sênior na última quinta-feira.

Zhao Baige, vice-ministro da Comissão Nacional de Planejamento Familiar e de População, disse aos repórteres numa coletiva de imprensa que as autoridades governamentais reconhecem que a China precisa alterar suas atuais políticas de controle de população.

“Nós queremos que essa mudança seja gradual”, afirmou Zhao, de acordo com a agência de notícias Reuters. “Eu não posso responder quando nem como isso correrá, mas o assunto se tornou muito importante entre os líderes.”

Com mais de 1,3 bilhão de pessoas, a China é a nação mais populosa e tem os mais rígidos sistemas de planejamento familiar. A maioria dos casais urbanos está limitada a uma única criança a não ser que paguem multas elevadas. Os fazendeiros normalmente podem ter uma segunda criança se a primeira for menina. Minorias com freqüência podem ter duas ou mais crianças.

Durante mais de três décadas, a restrição em relação a nascimentos tem sido um foco central das políticas econômicas e sociais do governo. Autoridades locais receberam avaliações de desempenho baseadas em parte no quão elevada foi a adesão dos residentes às restrições.

Na década de 1980, as autoridades rotineiramente forçavam mulheres a abortar fetos que teriam resultado em nascimentos além da quota e tanto homens quanto mulheres eram freqüentemente forçados a passar por cirurgias de esterilização.

Rigidez quanto ao cumprimento dessa política foi bastante suavizada em anos recentes, com a maioria das áreas se utilizando de multas para garantir o cumprimento da diretriz. Mas os escândalos de abortos forçados continuam a surgir periodicamente. As restrições também agravaram um severo desequilíbrio na proporção entre meninos e meninas na população porque muitas famílias utilizaram abortos seletivos para assegurar o nascimento de um filho, a preferência tradicional.

Autoridades chinesas procuraram deter os excessos e abusos e argumentaram que a restrição de uma só criança preveniu cerca de 400 milhões de nascimentos e permitiu ao país prosperar e viver melhor com seus recursos.

Mas as taxas de fertilidade da China estão atualmente extremamente baixas, e população está envelhecendo rapidamente, especialmente em áreas urbanas.

Especialistas alertaram que a China está se encaminhando em ritmo constante para uma crise com muitas pessoas idosas com necessidade de serviços caros e poucos jovens trabalhadores pagando impostos que cubram essas contas. A China é com freqüência considerada como se tivesse uma fonte inesgotável de trabalhadores jovens e baratos, mas os maiores centros de manufatura do país já estão enfrentando carência de mão-de-obra.


Grupo 5: Tiago Garrido, Tamara Noel,

Vinheta: Grupos Guerrilheiros

Veja a vinheta produzida pelo Grupo ? sobre os Grupos Guerrilheiros da América Latina no vídeo abaixo:




Grupo ?: Andreza Piton, Mariana Santana, Rachel Freitas, 

Historia em Quadrihos - Grupo 5

Grupo 5: Tamara Noel, Tiago Garrido,


3 de nov. de 2011

Vinheta: Revolução Cubana

Veja a vinheta produzida pelo Grupo 2 sobre a Revolução Cubana no vídeo abaixo:




Grupo 2: Ana Flávia Magalhães, Ana Isabella Nascimento, João Maurílio, João Pedro, Lauriane Lima e Nathan Amorim

A Primavera Árabe e o "patrocínio" das potências ocidentais - Grupo 2



28 de outubro de 2011

A chamada Primavera Árabe, iniciada na Tunísia, e que ainda está em curso na maioria dos países do norte da África e Oriente Médio, nos leva a algumas reflexões. Primeiramente que a onda de democratização e derrubada de ditadores nos países árabes coincide com um período de aguda crise internacional (e crise também nos Estados Unidos) onde é estrategicamente importante o domínio daquela região, sobretudo por causa do petróleo. O que está em jogo mesmo são fatores econômicos. O resto é perfumaria.

Os interessados em democracias nos países árabes (que há séculos vivem sob regimes autoritários) é porque interessam controlar as riquezas daqueles países. E fica mais fácil o controle em regimes com capas democráticas, do que com lideranças fortes e autocráticas. De qualquer modo é sempre positivo vislumbrar possibilidades de regimes de governo realmente mais democráticos, porque – como disse Churchill – a democracia mesmo imperfeita é ainda o que de melhor se chegou em termos de organização política.
Mesmo assim, o que chama a atenção de analistas mais atentos, é a forma como a democracia está sendo implantada em tais países. A metodologia é bem conhecida: insufla-se a população civil, financiam-se lideranças e grupos descontentes (inclusive  facções religiosas radicais), promovem eventos de massas, marchas, passeatas, aglomerações, vigílias em praças, etc. Investe-se também bastante na mídia, pintando o governante local como o pior facínora da face da terra, carregando nas tintas, e jogando a população contra. Não funcionando, então apela-se para a guerra, armando os descontentes, com o apoio de forças externas, como o que aconteceu na Líbia, com a intervenção da OTAN.

Em relação ao ditador Khadafi, é evidente que ninguém poderia aprovar um regime de 42 anos com os exotismos e abusos de poder já conhecidos. Mas o que enoja é o cinismo das grandes potências que durante todas estas quatro décadas nada fizeram para tirar Khadafi de lá, porque enquanto ele foi conveniente aos interesses dos países desenvolvidos, permaneceu com o poder. A partir do momento em que Estados Unidos e outros países precisaram do petróleo da região, derrubaram o ditador do jeito que todos viram pela Internet, depois de meses de guerra e resistência, até o seu brutal assassinato. Isso para mostrar aos demais governantes que com eles não se brincam. Quando as potências decidem querer controlar uma região, não há quem possa vencê-los. Matar Kaddafi e exibir sua cabeça como um troféu (a exemplo do que já faziam os antigos romanos) é também estratégico. Afinal, os países desenvolvidos aliados (escudados pela OTAN), sabem que a primavera Árabe precisa ir mais longe. Há outros ditadores a serem derrubados, mas em contextos mais difíceis, como o da Síria, da Arábia Saudita, até mesmo do Irã. O objetivo é controlar toda a região, e para isso toda a pressão será feita, num jogo perverso do vale tudo.


Grupo 2: Ana Flávia Magalhães, Ana Isabella Nascimento, João Maurílio, João Pedro, Lauriane Lima e Nathan Amorim