4 de nov. de 2011

China deve abolir limite de um filho por casal - Grupo 5



Afirmação foi feita por vice-ministro da Comissão Nacional de Planejamento Familiar.
Possível mudança, porém, terá que ser gradativa.

A China estuda uma maneira de abolir o limite de um filho por casal, mas qualquer mudança teria que ocorrer gradativamente e não significaria uma eliminação das políticas de planejamento familiar, segundo declarou uma autoridade sênior na última quinta-feira.

Zhao Baige, vice-ministro da Comissão Nacional de Planejamento Familiar e de População, disse aos repórteres numa coletiva de imprensa que as autoridades governamentais reconhecem que a China precisa alterar suas atuais políticas de controle de população.

“Nós queremos que essa mudança seja gradual”, afirmou Zhao, de acordo com a agência de notícias Reuters. “Eu não posso responder quando nem como isso correrá, mas o assunto se tornou muito importante entre os líderes.”

Com mais de 1,3 bilhão de pessoas, a China é a nação mais populosa e tem os mais rígidos sistemas de planejamento familiar. A maioria dos casais urbanos está limitada a uma única criança a não ser que paguem multas elevadas. Os fazendeiros normalmente podem ter uma segunda criança se a primeira for menina. Minorias com freqüência podem ter duas ou mais crianças.

Durante mais de três décadas, a restrição em relação a nascimentos tem sido um foco central das políticas econômicas e sociais do governo. Autoridades locais receberam avaliações de desempenho baseadas em parte no quão elevada foi a adesão dos residentes às restrições.

Na década de 1980, as autoridades rotineiramente forçavam mulheres a abortar fetos que teriam resultado em nascimentos além da quota e tanto homens quanto mulheres eram freqüentemente forçados a passar por cirurgias de esterilização.

Rigidez quanto ao cumprimento dessa política foi bastante suavizada em anos recentes, com a maioria das áreas se utilizando de multas para garantir o cumprimento da diretriz. Mas os escândalos de abortos forçados continuam a surgir periodicamente. As restrições também agravaram um severo desequilíbrio na proporção entre meninos e meninas na população porque muitas famílias utilizaram abortos seletivos para assegurar o nascimento de um filho, a preferência tradicional.

Autoridades chinesas procuraram deter os excessos e abusos e argumentaram que a restrição de uma só criança preveniu cerca de 400 milhões de nascimentos e permitiu ao país prosperar e viver melhor com seus recursos.

Mas as taxas de fertilidade da China estão atualmente extremamente baixas, e população está envelhecendo rapidamente, especialmente em áreas urbanas.

Especialistas alertaram que a China está se encaminhando em ritmo constante para uma crise com muitas pessoas idosas com necessidade de serviços caros e poucos jovens trabalhadores pagando impostos que cubram essas contas. A China é com freqüência considerada como se tivesse uma fonte inesgotável de trabalhadores jovens e baratos, mas os maiores centros de manufatura do país já estão enfrentando carência de mão-de-obra.


Grupo 5: Tiago Garrido, Tamara Noel,

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